Desde a década de 50 o Grupo Santa Cruz Transportes (GSCZ)
vem crescendo gradativamente no negócio de transporte coletivo, fretamento e
rodoviário. E esta foi a empresa escolhida por nós para o comparativo dos
alicerces necessários para uma empresa vitoriosa.
Atualmente o Grupo Santa Cruz é composto pelas empresas
Viação Santa Cruz, Expresso Cristália, Viação Nasser e o mais recente Expresso
Brasileiro que oferece serviços de transporte rodoviário interestadual (São
Paulo x Rio de Janeiro) além da Santax Encomendas que foi uma forma de
utilização total dos bagageiros dos ônibus para transportar encomendas.
Ao analisarmos todos os princípios a nós colocados através da
entrevista com o Sr. Jorge Paulo Lemann vimos que a empresa Santa Cruz está no
caminho certo de obter cada vez mais sucesso (quando falamos em correr risco,
sonhar alto) porém ainda necessita de alguns ajustes (como motivação aos
funcionários) e até algumas implementações (por exemplo um treinamento de
liderança aos funcionários, já que eles treinam pessoas para executar as
tarefas e não para autoliderança).
Quando falamos em correr riscos, sonhar alto e vencer
desafios estamos falando de características essenciais a GSCZ e que fazem toda
a diferença. Em sua própria história vemos de forma clara os riscos e desafios
vencidos uma vez que o grupo é composto pela junção de várias empresas pequenas
e que unidas formam um grupo de sucesso. A mais recém chegada Expresso
Brasileiro por si só já é uma prova de que sonhar alto e ter aptidão para
correr riscos é uma característica que faz toda a diferença pois a EB (Expresso
Brasileiro) traz resultados incríveis aos acionistas e oportunidades aos
colaboradores de conhecerem outro estado, trabalhar com uma cultura diferente
(vemos claramente no dia a dia que a forma dos cariocas trabalharem é diferente
de nós) por esses e mais motivos a EB ( Expresso Brasileiro) se tornou a menina
dos olhos do GSCZ e todos os riscos corridos valeram muito a pena.
O segundo princípio descrito foi relacionado aos
colaboradores e nesse quesito vemos algumas falhas, acreditamos sim que os
colaboradores são o maior ativo da empresa tanto é que quando falamos com os
próprios funcionários eles mesmo nos diz que o GSCZ é uma empresa escola, ela
molda as pessoas para entrarem no mundo coorporativo, treinam para cumprirem
prazos, terem ética, responsabilidade e descobrirem seu talento e
desenvolve-los porém a empresa tem um grande problema que é a rotatividade de
pessoas por falta de remuneração financeira. Vemos que após um certo tempo de
empresa as pessoas saem pois conseguiram oportunidades melhores e não pensam
duas vezes em assumir o novo desafio, portanto acreditamos que se essas pessoas
fossem melhores remuneradas e tivessem uma motivação maior como por exemplo
promoções teríamos um problema solucionado já que satisfação no trabalho, boa
remuneração e oportunidade de crescimento fazem parte de um mesmo pacote que
motivam as pessoas a permanecerem mais tempo em uma determinada empresa.
Quanto a lucros e investidores o GSCZ é um tanto discreto e
portanto não temos tantas informações porém se analisarmos os investimentos
feitos em novas empresas, as oportunidades diárias para novos colaboradores,
gestores e colaboradores bons no que fazem acreditamos que os negócios vão bem
e são atrativos aos que querem oportunidade de trabalho e investidores.
Falando em Foco acreditamos que esse é um dos segredos de
sucesso do GSCZ já que todos sem exceção trabalham em prol do mesmo objetivo e
isso permite que todos façam tudo da melhor forma possível pois acreditam no
que lhes é proposto.
Outro diferencial do GSCZ são alguns bons gestores, eles
permitem novas ideias, gostam da colaboração de todos porém não transmitem sua
responsabilidade e autoridade a nenhum subordinado e dessa forma todos se
sentem a vontade para dar ideias, para questionar porém a todo momento são
orientados por um líder que dá todo o respaldo necessário e dessa forma nenhum
subordinado se sente pressionado a tomar alguma decisão para a qual não está
preparado.
Quando pensamos em simplicidade vemos um ponto onde a GSCZ
deverá trabalhar para desenvolver pois analisando o dia a dia dos colaboradores
vemos a complexidade no executar tarefas, nos relatórios, analises e tudo
poderia ser mais simplificado porém observamos pessoas sobrecarregadas com
tanto trabalho a fazer e tudo poderia ser resolvido se descobrissem uma forma
de diminuir tarefas ou procurar uma forma mais eficiente de executa-las.
Outro ponto a desenvolver na empresa em nossa opinião é a
transparência e fluxo de informações, por mais que os funcionários tem a
oportunidade de ser participativo com seus líderes e equipe eles são limitados
pela falta de informações como por exemplo entre um departamento e outro. Os
departamentos sentem-se rivais e isso dificulta o fluxo de informação e geram
conflitos que são desnecessários. As equipes na GSCZ são unidas, transparentes,
trabalham em prol de um único objetivo e são participativos porém quando devem
interagir com outros departamentos encontram dificuldade. Como solução para
esse conflito a transparência nas informações, a maior interação entre os
departamentos seriam fundamentais para minimizar essa visão de rivalidade e
competição entre eles.
Ao analisarmos a questão da liderança, em treinar pessoas
para liderarem a si mesmo e futuramente se tornarem líderes de equipes percebemos
que isso pode ser melhorado no GSCZ pois apesar dos gestores serem bons ainda
precisam aprender a tornar seus subordinados lideres também, as pessoas são
treinadas para executar tarefas, tem oportunidades de dar suas ideias porém
nada mais que isso. Muitos líderes (não todos) tem resistência a passar
conhecimento para seus subordinados com medo de perder sua autonomia, as
pessoas até são desafiadas mas é como se dessem um passo para frente quando
vencem um desafio e dois passos para trás quando seus líderes as detém e não
permitem que elas voem mais longe. Por esse motivo acreditamos que treinamentos
de liderança para todos (líderes e subordinados) seria de extrema valia para a
empresa pois pouco a pouco todos conseguiriam se auto liderar e liderar as
outras pessoas.
O 10º principio da cultura vitoriosa se define a sorte e se
sorte tiver relacionado com trabalho duro e alegria podemos afirmar que a GSCZ
tem muita sorte pois apesar dos fatores que desmotivam os colaboradores, o
excesso de trabalho; o clima familiar na empresa entre os integrantes da equipe
fazem com que o trabalho duro seja feito com alegria e que o bem estar
prevaleça apesar dos fatores negativos.
Quando falamos em custos e despesas os funcionários tem uma
visão negativa pois o controle do que é utilizado, as campanhas para uso consciente
de papel, copos descartáveis é intenso no GSCZ e esses fatores são apenas um
exemplo mas em tudo que diz respeito a despesas e gasto a empresa é
extremamente rigorosa e talvez esse seja um ponto importante na sobrevivência
do grupo que os colaboradores não conseguem enxergar porém é necessário.
Olhando ao longo do tempo podemos definir o GSCZ como um
grupo que não fica estagnado em um único ponto, mas se arrisca a ir cada vez
mais longe. Não se satisfazem facilmente pois sabem que podem cada vez ir mais
longe e isso os tornam cada vez mais competitivos e vitoriosos. Também sabem
inovar quando é necessário, enxergam oportunidade onde poucos enxergam e sabem
extrair de concorrentes e parceiros o que pode ser utilizado e já sabem que
traz um bom resultado. E isso permite o aperfeiçoamento, melhora e aprendizagem
de todos.
Quanto a reputação podemos afirmar com toda certeza que o
GSCZ vem construindo ao longo dos anos um nome forte, sólido onde seus valores
trazem benefícios aos colaboradores, investidores e toda a comunidade onde ela
está localizada. Seu foco no meio ambiente, reponsabilidade social, segurança e principalmente ÉTICA faz com que
cada vez mais a empresa se torne valiosa e vitoriosa.
Fonte: Paula Costa, aluna do curso de Administração de Empresas da Faculdade de Jaguariúna (FAJ)
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