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Boris Groysberg: estrelas como desempenho portátil?

Boris Groysberg: estrelas como desempenho portátil?

Boris Groysberg abriu sua palestra na HSMExpoManagement 2011 perguntando à platéia quem pretendia mudar de emprego ou contratar talentos para suas empresas nos próximos anos
“Somos fascinados por talentos e no século 21 eles serão cada vez mais escassos”. E por que as empresas gostam tanto de talentos? “Porque as estrelas são melhores que os outros, e as companhias pagam mais dinheiro para os melhores”.
Boris Groysberg falou aos seminaristas da HSM ExpoManagement 2011 que há muita demanda pelo talento e não há muita oferta.
“O Brasil está exportando gerentes para outros países e há muito mais empresas aqui pensando em contratar estrelas do que em qualquer outro lugar do mundo”. E deixou o alerta sobre a importância de se fazer retenção e construir lealdade com os funcionários. “Algumas das melhores pessoas que trabalham para você, são alvo para seus concorrentes”.
Portabilidade de desempenho
Groysberg defendeu que os trabalhadores do conhecimento são agentes livres transferíveis e fez uma analogia entre contratações estratégicas versus contratações passivas, que ainda são muito comuns em grandes empresas.
Para ele, é preciso integrar os talentos experientes. As estrelas são portáteis. Muitas companhias abrem vagas na reação, e não estrategicamente. Ele explica que passamos pouco tempo nos integrando. “A integração natural é aquela em que naturalmente ninguém faz nada e as estrelas precisam de assessoria para se integrar aos sistemas”.
Ele explicou que grandes companhias pensam no sistema de integração como processo e não como fim. “Você precisa desenvolver as pessoas de maneira estratégica na empresa”.
Natureza X Ambiente
“Não seria maravilhoso saber como clonar estrelas?”, questionou o palestrante, defendendo que a natureza é importante, mas que o ambiente é tão poderoso que torna-se determinante se a pessoa vai ser estrela ou se vai apresentar desempenho inferior.
Para ele, há pessoas com desempenho extaordinário por si só, mas há aqueles em que a combinação do talento com a natureza da empresa é que faz toda a diferença.
“Muita gente acredita que é a pessoa que faz a diferença e não a empresa. Mas, o que torna alguém uma estrela?”. A melhor forma de responder à pergunta é observar o que acontece com elas dentro das empresas. “Será que uma estrela que trabalha na GE continua sendo uma estrela trabalhando na Siemens?”.
Um estudo feito com mais de mil estrelas revelou que aquelas que mudam de empresa sofrem uma grande queda de desempenho e levam cerca de cinco anos para se reajustar.
“Por que isso acontece? Porque tomamos decisões muito rápidas na troca de empresa. Precisamos passar mais tempo analisando uma empresa antes de abandonar a outra”, conclui.
Portal HSM
09/11/2011

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