A
Magneti Marelli é um Grupo internacional comprometido com o desenvolvimento e
produção de sistemas e componentes de alta tecnologia para o setor automotivo.
Com mais de 40.500 funcionários, 89 unidades de produção, 12 Centros de
Pesquisa e Desenvolvimento e 30 Centros de Aplicação, o Grupo possui presença
em 19 países e fornece para as mais importantes montadoras da Europa, América
do Norte e América do Sul e Ásia.
A
missão da Magneti Marelli, como fornecedora mundial de peças automotivas, é
disponibilizar aos seus clientes suas principais tecnologias a um preço
acessível, combinando alta qualidade e competitividade, tecnologia e
flexibilidade. A Magneti Marelli oferece, por meio de um processo de inovação
contínua, seu know-how no desenvolvimento de sistemas inteligentes para
segurança ativa e passiva, além de soluções que contribuem com a evolução da
mobilidade segundo critérios de sustentabilidade ambiental e qualidade de vida
no interior do veículo.
A
seguir será apresentado o uso de algumas ferramentas e conceitos de melhoria
presentes na Magneti Marelli, a unidade em questão será a Magneti Marelli da
cidade de Amparo (interior de São Paulo), cujo principal objetivo é a
fabricação de Sistemas de Exaustão (sistemas de
exaustão, conversores catalíticos e sistemas de silenciadores).
Atualmente
observa-se o constante uso de várias ferramentas voltadas à Engenharia de
Produção e Administração presente em diversas empresas de diversas áreas,
partindo dessa premissa escolheu-se então, uma ferramenta como foco de estudo: O LEAN MANUFACTURING. Visto que, tal
ferramenta não ‘trabalha’ sozinha, serão abordadas outras ferramentas encontram
e se aplicam através do LEAN.
LEAN MANUFACTURING
É um gerenciamento metodológico que procura aperfeiçoar os
processos de uma organização, de forma atender as necessidades do cliente com
menores custos, menor prazo (lead time) e na mais alta qualidade. Os conceitos
essenciais dessa abordagem são: desperdício, valor, fluxo.
A expressão Lean
Manufacturing é uma
referência ao Sistema Toyota
de Produção (TPS). Foi criada nos anos 80, pelos estudos de Womack e Jones
e que originou o livro "A máquina que mudou o mundo". Esse livro
resume os resultados obtidos pelas pesquisas desenvolvidas pelo International Motor Vehicle Program ligado ao MIT, a fim de saber qual
empresa automobilística apresentava melhores performances industriais. Como
resultado, eles encontraram uma bastante distinta das demais, no caso a Toyota
e que tinha um sistema de produção muito mais eficiente, flexível, ágil e
inovador, ao contrário das outras empresas tradicionalmente montadas no
conceito da produção em massa. Historicamente evidenciou isto: um sistema mais
habilitado a enfrentar melhor um mercado em constante mudança.
O foco central do Sistema Toyota de Produção é a eliminação
de toda e qualquer perda. É o que na Toyota se conhece como "princípio do
não custo". Este princípio baseia-se na tradicional equação Custo + Lucro
= Preço deve ser substituído por Preço – Custo = Lucro. Portanto, o objetivo é
a redução dos custos, uma vez, que Preço e Lucro já são previamente
determinados pelo mercado e acionistas, respectivamente.
Então, o Lean System é um conjunto metodológico e sistemico
de ferramentas de trabalho com objetivo de redução
de perdas.
O
Lean Thinking termo identifica uma filosofia industrial de origem japonesa que
visa de um lado para criar valor acrescentado para o cliente e reduzir
gradualmente os resíduos, o outro para o desenvolvimento das pessoas e do seu
envolvimento nos processos.
Nos
últimos 15 anos a lógica do "pensamento enxuto" têm sido aplicados
com sucesso crescente por excelentes empresas em todo o mundo de todos os
setores, e hoje são particularmente importantes como a filosofia, a abordagem
cultural, juntamente com os métodos e ferramentas para superar a crise
necessárias e aumentar a competitividade.
O
Lean Thinking prazo, em termos de ferramentas e métodos para a inovação
organizacional e de processos, eles entendem a lógica da produção enxuta e suas
variações (manufatura e serviços) e WCM, caracteriza-se de forma metodológica,
análises e atividades que resultam em 'aplicação de práticas operacionais para
a melhoria da "performance", e que respondam a uma série de
exigências de mudança contínua.
WCM
(World Class Manufacturing – Produção de Classe Mundial)
O World Class Manufacturing é um conjunto de
conceitos, de princípios e de técnicas para a gestão dos processos operativos
de uma empresa. Assim como o Lean, o WCM como um sistema
estruturado de gestão metodológica, a sua criação se deve inteiramente ao Dr. Hajime Yamashina, Professor Emeritus, Kyoto University
e membro do RSA (Royal Swedish Academy of
Engineering Sciences), um dos maiores estudiosos do TPS. O grupo Fiat foi o
primeiro a aderir essa fantástica metodologia, hoje a Unilever e a Embraco
também fazem uso dessa ferramenta. O WCM é um sistema de gestão
integrado de redução de custos e visa otimizar Logística, Qualidade, Manutenção
e Produtividade. A grande novidade introduzida pelo WCM baseia-se na implementação
dos processos da empresa, dos clientes e dos fornecedores.
Estabelece o objetivo geral de desenvolver, em nível de
excelência mundial, o desempenho operativo da Empresa para alcançar a
competitividade de Classe Mundial.
O nível de cada
empresa é avaliado pela profundidade de aplicação do método e pelo processo de
expansão. A certificação é feita por auditores.
Na
empresa Magneti Marelli, a melhoria do Lean
Manufacturing é trabalhada através do WCM, que assim como várias
ferramentas de melhoria contínua, o WCM, vem atuando em todos os segmentos e
processos da Magneti Marelli, gerenciando as analises e estudos para melhorias
a ser implementada na empresa.
O
WCM é composto de 10 pilares técnicos, e extensos para sua implementação, a
empresa passa por um processo de transformação muito além de certificações ISO.
E o desempenho de todos os indicadores desenvolvidos dentro da empresa, conta
com o empenho e dedicação da equipe. As auditorias eram auditadas pelo
orientador Yamashina, mas hoje a Marelli, tem autonomia para inovar e chegou a
um ponto que consegue dar orientação, com isso ela ganha poder para criar suas
próprias ferramentas, desde que elas comprovem resultados.
Pilares
do WCM:
·
Segurança no
trabalho – Eliminar acidentes;
·
Desdobramento
dos Custos - Identificar
problemas que aumentam os custos;
·
Melhoria Focada – Desenvolver o Know How para reduzir custos
utilizando métodos apropriados;
·
Atividades
Autônomas – Consiste em atividades
autônomas como a TPM(Manutenção autônoma); 5S o
aumento das competências de cada colaborador;
·
Manutenção
Profissional – Quebra Zero
de máquinas;
· Controle da
Qualidade – Utilização do CEP (controle
estatístico do Processo), Projetos Six Sigma, visando o Zero defeito e o TQC
(Total Quality Control);
· Logística – Utilização de uma logística baseada nos
princípios do Picking, JIT Kanban, com o comprometimento de satisfazer
plenamente seus clientes.
·
Gestão
Antecipada – Consistem em lançar os
produtos prevendo a fabricação adequada. Utiliza princípios do QFD, FMEA de
Produto e FMEA de Processo.
· Desenvolvimento
de Pessoas – Como premissa em tudo no
Japão, é criar uma cultura de resultados através da disciplina e da melhoria da
formação das pessoas.
·
Meio
Ambiente - É o desenvolvimento
das atividades de um ambiente de trabalho agradável a todos sem se esquecer da
prevenção à poluição. Também é a aplicação dos conceitos de P+LS (Produção mais
limpa e sustentável).
Cada
pilar tem um Líder e sua equipe, que é responsável pela eficiência da melhoria
continua nos pilares responsáveis. As equipes montam um planejamento eficiente
para melhor execução das melhorias e aplicam os 5 zeros(zero estoque, zero
defeitos, zero panes, zero prazos e zero papéis). As Auditorias de WCM, são
realizadas 2 vezes ao ano, onde são avaliadas as competências e os indicadores
de desempenho desenvolvidos dentro da Marelli.
KAIZEN
A expressão Kaizen significa
literalmente, MUDANÇA (KAI) para tornar-se MELHOR (ZEN). A metodologia Kaizen
foi desenvolvida e aplicada pelo engenheiro Taichi Ohno e ficou mundialmente
conhecida e respeitada devido a sua intensa aplicação pelo Sistema Toyota de
Produção, que se baseava em esforços contínuos para melhoria do sistema.
A metodologia Kaizen aplica
algumas estratégias fundamentais baseadas no tempo que toda manufatura deve
considerar:
·
Qualidade: como melhorá-la;
·
Custo: como controlá-lo;
·
Entrega Pontual: como garanti-la.
Aplicar a metodologia Kaizen significa verificar
no processo uma oportunidade de melhoria e buscar soluções para ela e implantar
os resultados. A metodologia Kaizen pode ser aplicada em qualquer processo
produtivo no qual exista um padrão nas atividades. Pode ser aplicada em vários
setores empresariais como, por exemplo: automobilístico, produção de alimentos
e bebidas, vestuário, entre outros.
O Kaizen também pode ser
aplicado no setor administrativo onde se procura a otimização do mesmo,
eliminação do sistema burocrático, tempo de espera, prazo de entrega. Também se
pode utilizar a metodologia no desenvolvimento de novos produtos, no
planejamento e estruturação dos processos, estudando-se detalhadamente cada
etapa do projeto.
Os
processos de melhoria contínua que integram a metodologia Kaizen servem para
oferecer à indústria que a emprega uma série de vantagens, entre eles, as
principais são:
·
Eliminação de
desperdícios;
·
Padronização;
·
Melhor uso da força
de trabalho;
·
Análise de valor;
·
Facilidade na
implantação do sistema Just in time.
O KAIZEN é regido por
dez mandamentos:
·
Aprender na prática.
·
Todo desperdício deve ser eliminado.
·
Todos os colaboradores
devem estar engajados no processo
de melhoria.
·
O aumento
da produtividade deve ser baseado
em ações que não demandem investimento financeiro alto.
·
Deve ser aplicado em qualquer local ou empresa.
·
As melhorias obtidas devem ser divulgadas, como
forma de se ter uma comunicação transparente.
·
As ações devem ter foco no local de maior
necessidade.
·
O Kaizen deve ser direcionado de forma que seu
objetivo seja unicamente a melhoria dos processos.
·
O foco do Kaizen é
Aprender na Prática.
A priorização na melhoria das pessoas deve ser mais importante.
5S
O 5S
ou House keeping é um conjunto de técnicas desenvolvidas no
Japão e utilizadas inicialmente pelas donas-de-casa japonesas para envolver
todos os membros da família na administração e organização do lar.
Esse
programa pode ser conhecido com outros nomes, porém 5S é o mais utilizado e vem
das iniciais das cinco técnicas que o compõe:
Muitos
dos conceitos da qualidade total se fundamentam na teoria da melhoria contínua
(Kaizen: Kai, mudança e Zen, para melhor), pois a QT é
um processo e não um fato que possa ser considerado concluído. Numa primeira
etapa é necessário estabelecer a ordem para então buscar a QT. Para estabelecer
a ordem usamos o 5S.
Alguns objetivos desse programa são:
- Melhoria do ambiente
de trabalho;
- Prevenção de
acidentes;
- Incentivo à
criatividade;
- Redução de
custos;
- Eliminação de
desperdício;
- Desenvolvimento
do trabalho em equipe;
- Melhoria das
relações humanas;
- Melhoria da
qualidade de produtos e serviços.
Essa técnica é utilizada para identificar e eliminar objetos e informações
desnecessárias, existentes no local de trabalho.
As principais vantagens do Seiri são:
As principais vantagens do Seiri são:
- Conseguir
liberação de espaço;
- Eliminar
ferramentas, armários, prateleiras e materiais em excesso;
- Eliminar dados
de controle ultrapassados;
- Eliminar itens
fora de uso e sucata;
- Diminuir risco
de acidentes.
SEITON
- Ordem, Arrumação
É uma atividade para arrumarmos as coisas que sobraram depois do Seiri.
Seu conceito chave é a simplificação. Os materiais devem ser colocados em
locais de fácil acesso e de maneira que seja simples verificar quando estão
fora de lugar.
Vantagens:
- Rapidez e facilidade
para encontrar documentos, materiais, ferramentas e outros objetos;
- Economia de
tempo;
- Diminuição de
acidentes.
Nesta etapa devemos limpar a área de trabalho e também investigar as rotinas
que geram sujeira, tentando modificá-las. Todos os agentes que agridem o
meio-ambiente podem ser englobados como sujeira (iluminação deficiente, mal
cheiro, ruídos, pouca ventilação, poeira, etc).
A prática
do Seiso inclui:
- Não desperdiçar
materiais;
- Não forçar
equipamentos;
- Deixar banheiros
e outros recintos em ordem após o uso, etc.
Como vantagens da aplicação desse terceiro S, temos:
- Melhoria do
local de trabalho;
- Satisfação dos
empregados por trabalharem em ambiente limpo;
- Maior segurança
e controle sobre equipamentos, máquinas e ferramentas;
- Eliminação de
desperdício.
Através do Seiketsu conseguimos manter a
organização, arrumação e limpeza obtidas através dos três primeiros S’s (Seiri,
Seiton, Seiso).
Além do ambiente de trabalho o asseio pessoal acaba melhorando, pois os
funcionários, não querendo destoar do ambiente limpo e agradável, acabam por
incorporar hábitos mais sadios quanto à aparência e higiene pessoais.
Como principais vantagens do estabelecimento do Seiketsu,
temos:
- Equilíbrio
físico e mental;
- Melhoria do
ambiente de trabalho;
- Melhoria de
áreas comuns (banheiros, refeitórios, etc)
- Melhoria nas
condições de segurança.
Shitsuke está sendo executado significa que todas as etapas do 5S estão se
consolidando.
Quando as pessoas passam a fazer o que tem que ser feito e da maneira como deve ser feito, mesmo que ninguém veja, significa que existe disciplina. Para que esse estágio seja atingido todas as pessoas envolvidas devem discutir e participar da elaboração de normas e procedimentos que forem adotados no programa 5S.
Quando as pessoas passam a fazer o que tem que ser feito e da maneira como deve ser feito, mesmo que ninguém veja, significa que existe disciplina. Para que esse estágio seja atingido todas as pessoas envolvidas devem discutir e participar da elaboração de normas e procedimentos que forem adotados no programa 5S.
As vantagens são:
- Trabalho diário
agradável;
- Melhoria nas
relações humanas;
- Valorização do
ser humano;
- Cumprimento dos
procedimentos operacionais e administrativos;
·
Melhor
qualidade, produtividade e segurança no trabalho.
A FILOSOFIA
5S E O LEAN MANUFACTURING
O sucesso do Lean Manufacturing,
independente de ser tratado como sistema ou ferramenta de gestão, depende não
somente de toda uma reengenharia no sistema de produção e de logística, como
também de mudanças físicas e comportamentais dos ambientes de trabalho. É comum
o desenvolvimento do Lean ter
dificuldade para avançar justamente quando o nível de 5S da empresa ainda deixa
a desejar. Por isto, a maioria das empresas que implanta o Lean Manufacturing já trata o 5S como sua base física e cultural,
ou seja, enquanto planejam e treinam pessoas chaves no Lean, disseminam a
prática do 5S em todas as áreas e em todos os níveis de hierarquia.
O SEIRI, Senso de Utilização,
é a forma simples e cultura de se praticar o conceito proposto pelo Lean, ou
seja, ter e manter no local de trabalho apenas o estritamente necessário. No
fluxo de materiais no processo produtivo, a filosofia “just-in-time, que é o
foco do Lean, é praticada
naturalmente pelas pessoas à medida que o conceito do SEIRI está devidamente
internalizado”. Isto significa que toda a Análise do Valor desenhada pela
Engenharia de Produção é apoiada pelas pessoas de todos os níveis hierárquicos
e áreas com a cultura do 5S.
O SEITON, Senso de Ordenação,
recomenda que todos os recursos tenham seu local de guarda definidos e
identificados. A distribuição adequada dos recursos no ambiente também é
tratada em consenso com as pessoas de cada ambiente de trabalho racionalizando
tempo e espaço, tornando o ambiente de trabalho mais seguro e produtivo. Por
último, o Senso de Ordenação faz com que as pessoas tenham o hábito de repor os
recursos nos locais definidos, identificados e sinalizados. Nenhum sistema Lean funciona com um ambiente de
trabalho desorganizado.
O SEISO, Senso de Limpeza,
promove um ambiente de trabalho limpo. Porém, esta preocupação com a limpeza
faz com que as pessoas inspecionem com uma visão crítica o seu ambiente de
trabalho e isto contribui para a detecção de problemas de conservação em sua
fase precoce, reduzindo riscos de quebras repentinas de máquinas e
equipamentos, além da detecção de outros problemas, tais como: materiais em
excesso ou faltando; materiais fora dos locais de guarda; materiais sem
utilização; falta de identificação de recursos ou locais de guarda; recursos
sem locais definidos; falta de sinalização de segurança; etc. O resultado de um
ambiente com estas práticas favorece sobremaneira a operacionalização do Lean.
O SEIKETSU, Senso de Higiene e
Saúde, forma a cultura da higiene no local de trabalho, contribuindo para a
preservação adequada dos materiais do processo (matéria-prima, produto
semi-acabado, produto acabado). A melhoria da saúde das pessoas com a higiene e
com a eliminação de problemas ergonômicos diminuem a fadiga e o absenteísmo e
aumentam a autoestima das pessoas. Este tipo de ambiente é essencial para o
incremento da eficiência do Lean
Manufacturing.
O SHITSUKE, Senso de
Autodisciplina, contribui a prática espontânea do sistema desenhado pela
Engenharia, sem necessidade de monitoramento ou cobranças. As pessoas neste
estágio se sentem autônomas para cumprir tudo o que foi estabelecido e costumam
ter uma postura pró-ativa e antecipada para os possíveis desvios em relação ao
que foi planejado.
A empresa que trata o 5S apenas como uma atividade paralela do Lean, e não como uma base, seguramente
tem ou terá dificuldade para fazer o sistema “rodar”. Com isto, a sua
operacionalização dependerá da atuação intensa de poucas pessoas, que são as
mesmas responsáveis e “afogadas” por outros programas concorrentes.
KANBAN
Para saber o
que é sistema Kanban, trata-se de uma simbologia visual usada na
indústria para registrar ações. A palavra que tem origem japonesa pode ser
traduzida como “cartão visual”. No Brasil, o sistema Kanban é uma técnica
bastante difundida, desde os anos 1980, quando começou a ser aplicada para a
gestão de estoque e controle de fluxo de peças, por isso, recebe também o nome
de gestão visual.
Essa metodologia foi
criada pela empresa Toyota e integra o famoso sistema Toyota de produção,
estando relacionada a sistemas puxados e ao conceito de entrega Just in Time,
termo esse que embora seja confundido com o sistema Kanban, não significa a
mesma técnica.
Os cartões usados
pelas empresas que empregam o método representam a necessidade de peças e itens
para o processo produtivo e podem ser utilizados em meio impresso ou mesmo com
luzes coloridas. O objetivo principal que define o que é sistema Kanban é
permitir uma fina sintonia entre a gestão do estoque e a produção.
Para
tanto, coloca-se um Kanban num local específico da linha de produção,
para indicar a entrega de uma determinada quantidade. Quando se esgotarem todas
as peças, o mesmo aviso é levado ao seu ponto de partida, onde se inicia um
novo pedido para mais peças. Ou seja, o Kanban permite agilizar a entrega e a
produção de peças.
COMO FUNCIONA ESSE SISTEMA
Esses quadros e
cartões visuais integram o sistema Kanban, que ajudam os trabalhadores a
planejarem a produção na indústria e a controlar o estoque. Assim, conforme a
quantidade de cartões disponíveis nos quadros são tomadas decisões, priorizando
o que é mais importante, realizando setup de máquinas e até mesmo as paradas
para manutenção.
O sistema Kanban é
subdividido em dois tipos: o de produção e o de movimentação. Além disso, o
sistema Kanban pode ser composto apenas por Kanbans de Produção ou
por Kanbans de Produção + Kanbans de Movimentação.
O QUE É KANBAN DE PRODUÇÃO
Kanban de Produção é o
cartão que autoriza a produção de determinada quantidade de um item. Os cartões
circulam entre o setor fornecedor e a produção, sendo afixados junto às peças
imediatamente após a produção e retirados depois que vai para o cliente. Em
seguida, retorna ao processo para autorizar a produção e reposição dos itens
consumidos.
O QUE É KANBAN DE MOVIMENTAÇÃO
Kanban de Movimentação é denominado ainda de Kanban de
Transporte, sendo um cartão (diferente do Kanban de Produção) que autoriza a
movimentação física de peças entre o fornecedor e o cliente. Os cartões são
afixados nos produtos, geralmente, o cartão de movimentação é afixado em
substituição ao cartão de produção, e levados a outro processo ou local, onde
são retirados e voltam à etapa inicial.
EXEMPLO DE APLICAÇÃO DO SISTEMA KANBAN
O Sistema de Kanban pode ser empregado em indústrias
montadoras, por exemplo, desde que o nível de produção não oscile em demasia.
Também é usada em uma série de segmentos, alguns, desde o seu surgimento na
indústria brasileira e, mais recentemente, tem sido implementado no segmento de
produção de softwares.
Outro exemplo é no processo de uma construção, quando é usado
o Kanban de Produção. Assim, com os cartões a responsabilidade da solicitação
da produção da argamassa e dos materiais necessários para a execução do serviço
fica por conta dos pedreiros. Todo o fluxo vertical de materiais, que é muito
intenso na obra, é organizado pelos cartões.
Dessa forma, as turmas solicitam o material necessário para
cada dia, tornando o estoque no pavimento o menor possível. Os materiais não
podem ser transportados sem o seu respectivo cartão, fazendo com que as turmas
recebam de forma ordenada e balanceada suas solicitações.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante
dos fatos apresentados observa-se o aumento da flexibilidade no mercado de
trabalho, com intuito de implementar ferramentas. Sendo essas ferramentas essenciais
para o bom desempenho da indústria tanto na parte produtiva, quanto na parte
administrativa, a Marelli sendo uma multinacional faz uso destas ferramentas
apresentadas e de várias outras que são de suma importância para seu
desenvolvimento e crescimento, e procura aprimorar-se e criar novas ferramentas
conceituais, tornando-se uma empresa pioneira e competitiva no mercado.
Atualmente,
em meio a crise a Marelli encontra meios de adequar-se frente aos desafios,
realizando o Network entre outras suas parcerias, fornecedores e clientes.
BIBLIOGRAFIA
Magneti Marelli. Site da empresa. Disponível em:
http://www.magnetimarelli.com/pt/empresa. Acesso em: Maio/2016
NATALI,
M. Praticando o 5S:
na indústria, comércio e vida pessoal. São Paulo: Editora STS, 1995. 101p.
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Qualidade. 1994. 115p.
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GESTÃO INDUSTRIAL. Lean Manufacturing. Disponível em: http://www.gestaoindustrial.com/index.php/industrial/manufatura/lean-manufacturing
Acesso em: Maio/2016
HENRIQUE, F. E FIORIO V. Kanban. Disponível em: http://www.industriahoje.com.br/o-que-e-kanban.
Acesso em: Maio/2016.
AUTORES: Alunos do curso de Engenharia de Produção da Faculdade de Jaguariúna:
- ANA PAULA ALCÂNTARA RODRIGUES
- AUDREY IASHINISHI
- CAMILA CRISTIANE DE CASTRO
- GABRIELI CRISTINA LUSVARGHI
- MARIA JAKELINE MOTTA
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